Desde 8 de maio de 1878
O Fluminense: 147 anos de história, tradição e resistência.
Fundado em 8 de maio de 1878, na cidade de Niterói, com sede inicial no sobrado da Rua da Conceição, nº 59, O Fluminense consolidou-se como um dos periódicos mais relevantes do país. Oficialmente, é o terceiro jornal mais antigo em circulação no estado do Rio de Janeiro e o sexto no Brasil. No entanto, muitos dos títulos fundados antes dele já encerraram suas atividades, o que leva especialistas e historiadores a considerarem O Fluminense como o terceiro mais antigo em circulação contínua no território nacional.
🎭 Um palco para grandes nomes da cultura
Ao longo de sua trajetória, a redação de O Fluminense foi berço de grandes figuras da cultura e do jornalismo brasileiro. Nomes como Euclides da Cunha, Olavo Bilac, Rubem Braga, José Cândido de Carvalho, Oliveira Vianna, Osório Duque Estrada, Padre Júlio Maria, Belisário Augusto, Alfredo Lino Maciel Azamor e Guilherme Briggs contribuíram para consolidar o jornal como referência em credibilidade, literatura e pensamento crítico.
📚 O jornal que registrou a história do Brasil
Desde o século XIX, O Fluminense acompanhou e documentou os principais acontecimentos do país. Foi voz atuante na divulgação da Lei do Ventre Livre, testemunhou a Abolição da Escravidão (1888) e participou de debates que influenciaram a formação da sociedade brasileira.
No século XX, cobriu com profundidade a Primeira Guerra Mundial (1914–1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), oferecendo aos leitores informações de relevância global. Também noticiou crises políticas, mudanças de governo e publicou reportagens exclusivas que marcaram época. Sua atuação tornou-se um verdadeiro acervo vivo da história nacional.
🏛️ O legado de Alberto Torres
Em 1954, o advogado, jornalista e político Alberto Torres assumiu a direção do jornal e do Grupo Fluminense de Comunicação. Sua gestão foi fundamental para a profissionalização e o fortalecimento da instituição. Após seu falecimento, o comando passou para sua filha, Nina Rita Torres, e posteriormente para o neto, Alexandre Torres Amora, que liderou o grupo até 2019, sempre preservando os valores da família.
🤝 Visitas presidenciais e reconhecimento nacional
O prestígio de O Fluminense também se refletiu em gestos simbólicos. O presidente Getúlio Vargas visitou pessoalmente a redação em Niterói, reconhecendo a relevância de um veículo regional com alcance nacional. Ao longo dos anos, outras autoridades — governadores, ministros e figuras políticas de destaque — também estiveram nas instalações do jornal, reforçando sua importância institucional.
🔄 Uma nova fase com Lindomar Lima
Em 21 de fevereiro de 2019, o empresário Lindomar Lima assumiu a presidência e a propriedade de O Fluminense. Embora o jornal já estivesse inserido no ambiente digital e multimídia, sua gestão trouxe continuidade, reestruturação e modernização em áreas estratégicas, garantindo estabilidade após um período desafiador.
Com o apoio de uma equipe comprometida — Jorge Bernardes e Wellyngton Inácio (Diretores de Jornalismo Multimídia), Luis Braga (Tecnologia) — reforçou-se o compromisso de unir tradição e inovação, ampliando a presença editorial no meio digital e fortalecendo a marca.
🛡️ Resistência e continuidade
Mesmo diante de crises e rumores sobre seu encerramento, O Fluminense jamais deixou de circular. Reinventou-se, atravessou regimes políticos, cobriu guerras e transformações sociais, resistindo às mudanças que marcaram o Brasil ao longo de 147 anos.
Hoje, é muito mais do que um jornal: é um patrimônio cultural, político e social da imprensa brasileira, guardião da memória de Niterói, do estado do Rio de Janeiro e do país.