Cerca de mil trabalhadores fecharam, durante duas horas, os acessos ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na manhã desta quinta-feira. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). O engarrafamento na região foi estimado em três quilômetros, segundo os organizadores.
Em sua maioria terceirizados e demitidos, os trabalhadores travaram a porta do complexo e não permitiram a entrada nem saída dos funcionários no período das 7h até as 9h.
Os trabalhadores defendem a retomada das obras do Comperj, com readmissão dos trabalhadores demitidos após a suspensão parcial das obras do complexo, além da campanha salarial. A categoria também é contra o programa de desmobilização de ativos da companhia previsto no Plano de Negócios 2015/2019, elaborado pela direção da Petrobras.
Segundo o secretário geral do Sindipetro-RJ e da FNP, Emanuel Cancella, os petroleiros seguirão em campanha para unificar a categoria numa greve nacional.
“A qualquer momento podemos realizar novos protestos, nossa missão ainda não acabou. Vamos radicalizar cada vez mais nossa mobilização para avançar na conquista de direitos e impedir a privatização da Petrobras. Não está a venda. Os petroleiros têm uma história de luta e vamos seguir pressionando a direção da companhia para que atenda as demandas dos trabalhadores”, disse Cancella.
O secretário considerou o ato um sucesso: “Não deixaram vários ônibus chegarem até a porta e muitos trabalhadores foram impedidos de participarem do ato. Alguns vieram andando e conseguiram nos acompanhar, mesmo empregados. A verdade é que foi um sucesso, não passou ninguém. Não vamos desistir dessa luta”, completou.
A Petrobras ainda não se pronunciou sobre o ato dos trabalhadores.