Como melhorar sua comunicação
Por Marcelo Felippe
Com a pandemia que enfrentamos, a maioria das pessoas ainda precisa se adaptar e aprender como se comunicar melhor em um mundo que ficou ainda mais Online.
Faculdades, especializações, cursos passaram, em grande parte, para o mundo online ou híbrido. Professores, alunos e comunicadores em geral precisam aprender a se entender nesse novo mundo. E como fazer isso?
1) Tom de voz
Quando você se comunica no mundo online, muitas das vezes, principalmente quando em grupos, nem sempre é possível ver as pessoas o tempo todo. Em um cenário como esse, o que mantém as pessoas conectadas ao assunto? Nossa voz. A entonação, as ênfases, as pausas, as perguntas, as chamadas para interação.
Saber variar seu tom de voz é fundamental para manter o canal auditivo das pessoas conectados com o assunto e com você.
Que tal um desafio para desenvolver isso?
Escreva um texto ou pegue um já pronto e grave você falando o texto em tons diferentes: motivacional, monótono, reflexivo, animado, ... Depois ouça e veja se consegue perceber a diferença.
Quanto mais você conseguir gerar diferenças, mais conseguirá dar repertório ao seu tom quando fala.
2) Interação
Fazer as pessoas interagirem é fundamental, por isso, crie interações ou dinâmicas passíveis de serem realizadas no mundo online. Faça perguntas, dependendo da plataforma que você utilize, dá até para dividir as pessoas em grupos de bate papo e de dinâmicas.
Fazer as pessoas participarem é receber um feedback do quanto o conteúdo está sendo assimilado.
Como pode gerar mais interação nas suas lives, aulas ou treinamentos online?
3) Desafios
Se você dá aulas ou lives, crie desafios entre cada encontro para fazer as pessoas mergulharem mais profundamente no conteúdo, experimentarem e também para gerar interação.
Por exemplo, peça para elas anotarem os 3 pontos mais importantes que vão levar do encontro e escreverem no chat.
Qual seu conteúdo e como pode gerar desafios dentro dele?
4) Clareza
Seja claro e o mais conciso que puder. No mundo online, levando em consideração que muitas pessoas ainda estão se adaptando, é possível que a maioria canse mais rápido, por isso, procure combinar, sempre que possível, 3 coisas no seu conteúdo: pacote cognitivo, exemplo de referência e demonstração / prática simples ou interação.
O pacote cognitivo é o conteúdo em si, a experiência de referência é um exemplo de como usar ou aplicar aquilo ou uma história que mostra o que acabou de explicar. Esse exemplo pode ser como você usa, pode ser na vida dos seus alunos ou de um terceiro. O importante é quem está assistindo conseguir identificar a utilidade e a aplicação do que você está falando. E por último, fazer as pessoas experimentarem ou praticarem de forma simples faz com que elas sintam o que funciona e o que não funciona, ou seja, gera tanto a interiorização do conceito como deixa claro as dúvidas que elas podem ter da forma de aplicar o que foi compartilhado.
5) Emoção
Quanto mais conexão emocional você consegue fazer, mais as pessoas irão guardar seu conteúdo. Só não confunda conexão emocional com ficar querendo motivar as pessoas o tempo todo.
A conexão surge quando a pessoa consegue se divertir enquanto aprende, ou quando consegue sentir o entusiasmo de aplicar aquilo na vida ou de fazer parte daquela experiência.
Toque na emoção das pessoas e você terá tocado em um dos fatores principais que fazem as pessoas guardarem na memória o que falou.
6) Humor
O senso de humor bem utilizado deixa o ambiente de compartilhamento de informações leve. Até mesmo em reuniões de negócios, é capaz de fazer as negociações ficarem mais suaves, mas é preciso saber usar.
Só não confunda usar humor com contar piadas. Usar o humor e fazer o ambiente ficar o mais leve possível, é sorrir, é ser leve acima de tudo.
Como esse assunto é mais complexo, deixo um desafio: assista no youtube alguns vídeos de pessoas que considera engraçada e treine perceber como elas fazem isso. Isso vai ajudar a trabalhar sua percepção sobre a questão.
Só lembre que tudo isso tem que ser feito dentro do seu jeito de ser, sem forçar a barra jamais.
Existem várias outras coisas que podem ser treinadas e cada um desses assunto tem muito, muito mais profundidade do que mencionei, mas aqui a ideia é plantar a semente.
Comece agora a praticar.
*Marcelo Felippe é pós-graduado em Psicologia e Saúde Mental. Mestre em Psicologia e Holística e Coaching pessoal e Liderança Organizacional