Governador quer integrar segurança

No Consórcio de Integração Sul e Sudeste, Castro defende união interestadual pela segurança pública

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Castro ressaltou a necessidade do compartilhamento de dados de inteligência como forma de combater o crime

O governador Cláudio Castro participou, na sexta-feira (20), do 9º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) e defendeu maior integração entre os estados para reforçar a segurança pública. Os governadores que compõem o Consórcio também discutiram o aperfeiçoamento da legislação penal para acabar com brechas na lei que favorecem a reincidência criminal.

"As organizações criminosas eram territoriais, hoje estão avançando fronteiras e viraram verdadeiras máfias, que começaram a se ramificar. Temos que nos unir para acabar com ações paliativas e somar forças, sobretudo, entre os governos estaduais", declarou Castro.

O governador reforçou ainda a necessidade urgente de maior compartilhamento de dados de inteligência entre as forças de segurança dos estados como forma de combater o crime organizado.

"Essas informações têm que ser públicas. Precisamos trazer o caráter democrático e republicano também para a segurança pública. A nossa cobrança é que essa integração de verdade aconteça. Acho que nós, como Cosud, precisamos entender que esse tema da segurança pública é fundamental e temos a obrigação de dar exemplo para o Brasil", destacou Castro.

Durante o Grupo de Trabalho sobre segurança pública, o secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, reforçou que umas das prioridades desse debate é pensar na revisão da legislação penal, o que considera ser essencial para garantir a segurança da sociedade.

"É importante avaliar e ajustar as leis que asseguram que criminosos não se beneficiem de penas brandas ou brechas legais, que comprometem a justiça e a prevenção do crime. A legislação deve equilibrar a proteção dos direitos individuais com a necessidade de punir de forma adequada os infratores, garantindo a ordem e a segurança pública", reforçou o secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires.

Apreensão de fuzis - De janeiro a setembro deste ano, as forças estaduais de segurança retiraram das mãos de criminosos 4.980 armas de fogo. O número de fuzis apreendidos aumentou 27%, totalizando 487. Por dia, as polícias realizaram 103 prisões em flagrante e recuperaram, em média, 40 veículos roubados. É importante destacar também que outros indicadores criminais registraram números positivos.

Os crimes contra o patrimônio, como roubo de carga, veículo e rua, continuaram em queda no estado do Rio de Janeiro. O roubo de carga caiu quase pela metade no nono mês do ano, foram 178 roubos em 2023 contra 348 no mesmo período em 2022, representando uma diminuição de 49% - este foi o menor número de casos para o mês nos últimos 24 anos. No acumulado do ano, a redução foi de 12%. Os roubos de veículo e de rua (roubo a transeunte, em coletivo e de aparelho celular) diminuíram, respectivamente, 22% e 20% no mês. Na análise da série histórica mensal, foram os menores valores para roubos de rua desde 2004 e para os roubos de veículos desde 2011.

"Os indicadores de segurança mostram que estamos no caminho certo. Reduzimos os crimes contra a vida, contra o patrimônio e, somando os nove primeiros meses do ano, tivemos o maior número de fuzis apreendidos nos últimos 16 anos. Nossa política de segurança atua fortemente para prender lideranças e fazer uma asfixia financeira das organizações criminosas. As nossas polícias são competentes, preparadas e equipadas para isso", destaca o governador Cláudio Castro.

No último mês, as mortes por intervenção de agente do Estado apresentaram queda de 57% em relação a setembro de 2022, o menor número de mortes dos últimos 11 anos. No acumulado do ano, o indicador também registrou resultados expressivos, com uma diminuição de 29%. Os crimes contra a vida (homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado) atingiram reduções de 8% no mês e 2% no acumulado.