Daniel Alves quebra silêncio após prisão por acusação de estupro
Lateral-direito diz que perdoa sua suposta vítima
Desde sua prisão em janeiro deste ano, Daniel Alves não havia concedido nenhuma entrevista a respeito da acusação de estupro em uma boate em Barcelona, na Espanha. Nesta quarta-feira, o jogador comentou o ocorrido e mandou um recado à suposta vítima.
"Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida", declarou Daniel Alves ao jornal "La Vanguardia".
Na última semana, a Justiça da Catalunha recusou o mais recente recurso de liberdade apresentado pela defesa do jogador brasileiro e manteve a prisão preventiva. Os magistrados alegaram que "os indícios de criminalidade são suficientes para imputar-lhe o fato" e que o "risco de fuga permanece".
Em relato ao veículo espanhol, Daniel Alves deu detalhes sobre o que ocorreu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2022, quando uma jovem de 23 anos acusou o atleta de estupro no banheiro de uma casa noturna em Barcelona.
"Resolvi dar esta entrevista, a minha primeira desde que estou aqui, para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos", acrescentou o brasileiro.
Os advogados de defesa de Daniel Alves já apresentaram à Justiça diferentes versões sobre o caso. Inicialmente, o jogador negou relações sexuais com a suposta vítima de estupo, mas depois admitiu que elas foram consensuais.
"Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer", completou Daniel Alves.