Presidente da Petrobras defende exploração na Foz do Amazonas

Presidente Lula deseja exploração - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasil
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Magda Chambriard disse que a estatal planeja aumentar a produção de petróleo até 2030, por isso precisa 'urgente' de uma reposição de reservas. 'Teremos no Amapá o melhor aparato de resposta', afirmou. Ministro cobra Ibama: 'Chegou a hora de virar a chave'.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu na segunda-feira (17) a pesquisa e exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, iniciativas que são criticadas por ambientalistas.

Magda deu a declaração durante uma cerimônia de anúncio de investimentos na frota naval do sistema Petrobras em Angra dos Reis (RJ). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do evento.
A presidente da estatal disse que a companhia está comprometida com o aumento da produção de petróleo até 2030, a partir do Pré-Sal.

Por essa razão, afirmou Magda, é "urgente" uma "reposição de reservas", que só será possível com a pesquisa na chamada Margem Equatorial, onde está localizada a Bacia da Foz do Amazonas.

"Se nós obtivermos a licença [ambiental], presidente Lula, faremos tudo de forma extremamente segura. Quanto a isso o senhor pode ficar absolutamente tranquilo. Sendo possível a licença, nós teremos no Amapá o melhor aparato de resposta à emergência já visto no mundo", declarou Magda Chambriard.
O processo para a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas está sob análise técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

O tema opõe, desde o início do governo, órgãos ambientais como Ibama e Ministério do Meio Ambiente e instâncias ligadas à extração do óleo, como Petrobras e Ministério de Minas e Energia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que sejam feitas pesquisas na região e tem falado sobre o assunto em entrevistas.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também defendeu a pesquisa na região. Ele disse que o país "utiliza seus recursos naturais com segurança e sustentabilidade, sem ganância ou imprudência".
"É assim que queremos pesquisar a Margem Equatorial de maneira ambientalmente sustentável. Temos que aproveitar essa fonte de riqueza nacional e gerar emprego e renda", disse.

O ministro destacou que países vizinhos, como a Guiana, crescem com os recursos provenientes do petróleo na região Norte.

"Essa reserva, talvez maior que a do pré-sal, já está mudando a realidade dos nossos vizinhos. O PIB da Guiana cresceu 50% no último ano. O Brasil merece, e em especial nossos irmãos nortistas e nordestinos, viver essa realidade", disse.

por Jovem Pan