O secretário de Saúde de São Gonçalo, André Vargas, participou de uma reunião na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (18), que definiu as primeiras iniciativas do plano de ações de enfrentamento à tuberculose, articulado pela Casa. A iniciativa se deve ao fato do Estado do Rio de Janeiro concentrar cerca de 30% dos casos de tuberculose no país, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. São Gonçalo está entre as 15 cidades do estado com as maiores taxas de mortes da doença.
Além de André Vargas, estiveram presentes na reunião o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano; os deputados Waldeck Carneiro, Martha Rocha, Renata Souza e Gilberto Palmares; e os secretários de saúde da Baixada Fluminense e das cidades do Rio, Niterói, Itaboraí e Campos.
"Participar deste plano de ações vai ser essencial para a melhoria da qualidade de atendimento e nas estruturas de serviços da cidade. Com os recursos poderemos dar uma atenção mais cuidadosa aos pacientes e consequentemente aumentar a adesão no tratamento", afirmou o secretário de Saúde de São Gonçalo.
De acordo com o presidente da Alerj, em cinco anos serão investidos mais de R$ 250 milhões em ações que possam ser feitas para erradicar a doença no Rio. Neste primeiro momento, os municípios receberão cerca de R$ 106 milhões para investir no combate à doença. O detalhamento dos recursos destinados ao município de São Gonçalo serão definidos em futuras reuniões
"A Alerj está disposta a investir em recursos para que o Rio de Janeiro perca esse título vergonhoso de ser o estado com maior índice da doença no país. Nosso objetivo é fazer um projeto de médio a longo prazo para que possamos tratar cada vez mais pessoas. Queremos que cada município reúna suas principais carências para que possamos destinar os recursos", declarou o presidente da Alerj, André Ceciliano.
Nos últimos cinco anos, o município de São Gonçalo realizou o diagnóstico de 620 casos de tuberculose, sendo cerca de 70% deles de novo pulmonar. O percentual de cura dos casos novos no ano de 2019, foi de apenas 65%, com 22,8% de abandono e 2,7% de óbito por tuberculose.
Todas as pessoas que estiverem com tosse persistente a mais de três semanas devem procurar qualquer Unidade de Saúde do Município, onde será encaminhado para a realização do exame de escarro. Em caso positivo, o tratamento começa imediatamente e dura no mínimo seis meses.
Em São Gonçalo, quatro unidades de saúde são referência para o atendimento imediato de tuberculose, que são eles: Pólo Sanitários Washington Luiz, no Zé Garoto; Hélio Cruz, em Alcântara; Paulo Marques Rangel, no Porto do Rosa; e na Clínica da Família Dr. Zerbini, no Arsenal. As quatro unidades atendem adultos. As crianças são atendidas no Hélio Cruz e Washington Luiz.