Retaguarda com fisioterapia respiratória e motora pós c-19

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A fisioterapia tem papel fundamental no tratamento dos pacientes que ficam em estados mais críticos da covid-19, principalmente no processo de reabilitação motora e recuperação cardiopulmonar. O Hospital Municipal Retaguarda Gonçalense, unidade de referência para o tratamento de coronavírus em São Gonçalo, conta com o serviço de fisioterapia respiratória e motora para pacientes internados no Centro de Terapia Intensivo (CTI) e na enfermaria da unidade.

"A fisioterapia motora pós covid-19 é muito importante na recuperação do paciente pois proporciona funcionalidade e retoma com a independência que ele tinha antes dele contrair a doença. Analisamos cada caso criteriosamente para avaliar cada nível de funcionalidade que o paciente apresenta para que assim a gente consiga conquistar uma reabilitação satisfatória, tanto no quesito respiratório quanto motor. Cada paciente tem um nível evolutivo da doença. E a recuperação deve ser lenta e gradativa para que o paciente retorne sua independência funcional e as funções que ele antes realizava, fazendo com que dê continuidade na sua vida", informou o coordenador de Fisioterapia da unidade, Antônio Carlos Tavares Junior.

De setembro a janeiro, mais de 400 pacientes foram atendidos pela equipe formada por 36 fisioterapeutas que atuam no Hospital de Retaguarda. Atualmente, 22 pacientes estão sendo atendidos. A fisioterapia motora realizada pelas equipes do Retaguarda é iniciada ainda em pacientes que estão no CTI para uma recuperação mais efetiva do enfermo.

"Muitos dos pacientes com covid apresentam em torno de 2% de perda de massa muscular a cada dia que ficam acamados. Por isso é tão importante iniciarmos a mobilização precoce no paciente que está em estado grave, pois futuramente a fisioterapia motora se torna mais eficaz para a sua recuperação. Com a perda da massa muscular, os pacientes que ficam muito tempo acamados perdem a sua funcionalidade. Em muitos casos não conseguem ficar sentados, por falta de equilíbrio no tronco, sem força em seus membros inferiores. E o nosso trabalho é fazer com que ele retome seus movimentos normais", afirmou Antônio.

O paciente Washington Luís, de 55 anos, por pouco precisou ser entubado, no entanto, com a fisioterapia respiratória realizada de maneira eficaz logo nos primeiros dias de internação, teve uma melhora clínica expressiva.

"Graças ao trabalho da equipe multidisciplinar do hospital, conseguimos fazer com que o paciente, que apresentava quase um quadro de insuficiência respiratória, fosse tratado sem precisar da entubação. O paciente é um caso de vitória para toda a equipe. No momento ele passa pela fisioterapia motora, com o auxílio de uma dose base de oxigênio, para continuidade do seu tratamento e em breve receberá alta e poderá voltar para as suas atividades diárias", disse o fisioterapeuta.