Governo libera nova ação para despoluir a Baía de Guanabara

Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e Inea assinam licença para início das obras de Sistema Coletor - Foto: Divulgação/Palácio Guanabara

Rio de Janeiro
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Nesta terça-feira (4), a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) assinaram as licenças ambientais para dar início às obras de implementação do Sistema Coletor de Tempo Seco na Baía de Guanabara, promovida pela Águas dos Rio, e no Complexo Lagunar de Jacarepaguá, pela Iguá.

O Sistema de Coletores de Tempo Seco (CTS) é responsável por interceptar o esgoto despejado de forma irregular nas galerias pluviais para as redes de esgoto. A metodologia funciona nos períodos sem chuva, quando não existe o fluxo de águas pluviais nas galerias interceptadas.

"A assinatura dessas duas licenças é fundamental para alcançarmos o Estado do Rio de Janeiro que queremos: com qualidade de vida para a população, respeito aos patrimônios ambientais e cooperação entre as instituições com os mesmos ideais que os nossos", celebrou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

A licença ambiental concedida à Águas do Rio prevê a construção de aproximadamente 47 quilômetros de grandes coletores, estações de bombeamento e outras estruturas, formando um cinturão de proteção da baía, além da criação de mais de 120 pontos de captação em tempo seco na capital fluminense e nas cidades de São Gonçalo, Itaboraí, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita.

"A recuperação da Baía de Guanabara, além de melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, será determinante para impulsionar a economia do estado, especialmente o turismo. Isso atrai investimentos, gera empregos e renda e vai resgatar o orgulho do cidadão fluminense em ter esse patrimônio da humanidade vivo e pulsante", afirma Alexandre Bianchini, presidente da Águas do Rio.

Com investimento de R$ 2,7 milhões e previsão de início de dois meses, a obra vai impactar a vida de cerca de 10 milhões de pessoas nas 17 cidades que compõem a bacia hidrográfica da Baía de Guanabara, com a melhora da qualidade da água a partir da coleta de mais de 400 milhões de litros de esgoto que deixarão de ser lançados diariamente nesse ecossistema. O número equivale a 200 piscinas olímpicas.

Já a intervenção licenciada no Complexo Lagunar de Jacarepaguá, promovida pela Iguá e com investimento de R$ 126 milhões, prevê, durante a primeira etapa, a instalação de 26 pontos de captação no Canal das Taxas e no Rio Arroio Fundo, ambos na Zona Oeste da capital fluminense. O sistema foi projetado para retirar, em média, cerca de 170 litros por segundo de esgoto in natura dos rios e canais da região. A previsão é que a obra, com duração de 18 meses, se inicie em setembro.

"Chegamos ao Rio de Janeiro com o compromisso de transformar o saneamento na região da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá. Receber o licenciamento do projeto de implantação dos coletores de tempo seco (CTS) é de uma felicidade enorme para a companhia e todos nós. A instalação da primeira fase de coletores irá beneficiar diretamente cerca de 60 mil habitantes dos bairros do Recreio, Praça Seca e Cidade de Deus, formando um cinturão de proteção que contribuirá para revitalização do complexo lagunar. O CTS é uma solução que visa contribuir com a diminuição da carga orgânica que chega às lagoas, bem como com a melhoria da qualidade de vida das comunidades. O projeto faz parte de uma série de investimentos que a empresa planejou fazer para alcançar a universalização do saneamento básico, e o impacto social e ambiental será sensacional", explica o diretor-geral da Iguá no Rio de Janeiro, Eduardo Dantas.

O documento assinado pelos órgãos ambientais referente à intervenção da Águas do Rio aconteceu durante cerimônia na sede da concessionária, no Centro da capital fluminense. Já a oficialização da iniciativa da Iguá teve como sede o Palácio Guanabara, na Zona Sul da cidade.