Semana de Direitos Humanos de Niterói traz educação, cultura e serviços à população

SMDHC realizou a "Semana de Direitos Humanos – Construindo Caminhos Solidários" - Foto: Divulgação

Niterói
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A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de Niterói (SMDHC) realizou, no período de 9 a 14 deste mês, a “Semana de Direitos Humanos – Construindo Caminhos Solidários”. A programação incluiu palestras com especialistas na defesa de direitos; painéis; apresentações de trabalhos; exposições de desenhos e produção textual de estudantes envolvendo a temática antirracista; apresentações culturais e artísticas, fortalecendo a cultura como um direito; engajamento para doação de alimentos aos mais vulneráveis; e a promoção de um simpósio sobre a temática.

“O objetivo deste evento foi alcançado: promover a conscientização, o engajamento comunitário e celebrar as conquistas e desafios da luta pelos direitos humanos”, afirmou a Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Niterói (SMDHC), Elana Costa.

A abertura da Semana aconteceu no dia 09/12, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos, com uma mesa de abertura com autoridades e as palestras da escritora e professora Bárbara Carine, recém-premiada com o reconhecimento literário mais importante do Brasil, o Prêmio Jabuti 2024, na categoria “Educação”, com o livro “Como ser um educador antirracista”; e da professora, ativista e empreendedora social Eliane Potiguara, primeira escritora indígena do Brasil e que participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Indígenas. O encerramento do primeiro dia de evento teve a apresentação do cantor, compositor e pianista pernambucano Zé Manoel, indicado ao Grammy Latino em 2021 e considerado pela crítica musical especializada como “grande nome da cena musical brasileira do século XXI”.

No dia 10/12, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) abriu as portas para o encerramento do projeto “Raízes da Diversidade”, desenvolvido pela Subsecretaria de Promoção da Igualdade Racial (SUPIR) da SMDHC em Unidades de Educação do Município. Foram apresentadas produções resultantes do projeto, que trabalhou a temática antirracista, como textos, desenhos e apresentações culturais ligadas ao funk, hip-hop e samba, de alunos de quatro unidades escolares da Rede Municipal de Educação de Niterói: E. M. Portugal Neves; E. M. Levi Carneiro; UMEI Margareth Flores; e UMEI Lizete Maciel.

Já no dia 12/12 ocorreu o Simpósio Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, realizado na Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF-Gragoatá – Bloco F), em São Domingos. Primeiro foi realizado um painel com participação de Juliana Sanches, Pesquisadora da UFF e Diretora do ILÊ – Instituto Liberdade e Emancipação; Victor de Wolf, Criador do Grupo Diversidade Niterói e Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersexos (ABGLT); Adel Bakkour, ex-Coordenador do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI-Rio); e Carla Marques, Professora e Pesquisadora-Adjunta do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN).

A outra parte da programação, no prédio das Ciências Sociais da UFF (Bloco O – Gragoatá), contou com apresentações de trabalhos inscritos organizados em dois eixos: ditadura, repressão, movimentos sociais e cidadania e migrantes, refugiados e apátridas; e direitos humanos e educação, gênero e diversidade, direitos das crianças e dos adolescentes, direitos dos idosos, intolerância religiosa e igualdade racial. O Simpósio terminou com uma palestra do Defensor Público Federal, Defensor Regional dos Direitos Humanos, Mestre em Políticas Públicas e Administração Pública e Pós-Graduado em Direitos Humanos, Thales Arcoverde Treiger, sobre “Avanços e Desafios na Pauta dos Direitos Humanos”, com recorte na inclusão, diversidade e na repressão causada pelo Golpe de 1964 no país.

No dia 13/12, a programação teve como foco a população migrante, refugiada e apátrida. A Cúpula do Caminho Niemeyer recebeu a Rota de Direitos, em parceria com a Defensoria Pública Estadual, com prestação de serviços gratuitos aos migrantes, refugiados e apátridas, tais como auxílio na situação migratória, regularização de documentos, assistência jurídica, orientações e serviços de assistência social e diversos outros serviços oferecidos por secretarias municipais, órgãos e entidades parceiras.

Fechando o evento, no dia 14/12, o grupo Moça Prosa, formado somente por mulheres, se apresentou gratuitamente ao lado do Terminal Rodoviário de Niterói (João Goulart). O “Samba da Diversidade” homenageou as grandes compositoras e intérpretes do ritmo, promovendo um espaço inclusivo.