Policiais entram sem autorização em campus da Fiocruz durante operação

Segundo a Fiocruz, uma funcionária foi atingida por estilhaços após uma bala perdida atingir o local - Foto: Divulgação/Fiocruz

Rio de Janeiro
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) denuncia que agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro entraram descaracterizados e sem autorização dentro do campus, durante operação na manhã desta quarta-feira. As principais estruturas da Fiocruz ficam dentro do Campus Manguinhos-Maré, ao lado das duas comunidades na zona norte da capital.

Durante a movimentação, um supervisor da empresa que presta serviços de vigilância para a fundação foi detido pelos policiais, sob a acusação de dar cobertura a criminosos em fuga. Já a Fiocruz diz que ele estava apenas ajudando a desocupar e interditar algumas áreas para garantir a segurança dos funcionários e alunos.

Além disso, uma funcionária foi ferida por estilhaços e precisou receber atendimento médico, após uma bala perfurar o vidro de uma das paredes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, onde são fabricadas as vacinas da Fiocruz e outros medicamentos.

Em comunicado, a fundação afirmou que a ação da Polícia Civil foi feita "de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação à instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco."

Em nota, a Polícia Civil informou que realiza nesta quarta-feira mais uma ação da “Operação Torniquete”, no Complexo de Manguinhos. O objetivo é combater o roubo e a receptação de cargas, que financiam as atividades das facções criminosas.

Até as 12 horas, apenas o vigilante da Fiocruz tinha sido preso, acusado de auxiliar na fuga de criminosos. Além disso, agentes apreenderam armas e drogas encontradas na comunidade, mas a nota não quantifica as apreensões.