Policiais periciam fábrica um dia após incêndio

Nos registros da Receita Federal aparecem dois proprietários das empresas localizadas no galpão - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rio de Janeiro
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Por: Por Henrique Coelho, g1 Rio

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Eboli (ICCE) e policiais da 21ª DP (Bonsucesso) realizaram, na manhã desta quinta-feira (13), uma perícia complementar dentro da fábrica de fantasias atingida por um incêndio na quarta (12).

Na primeira vistoria, feita ainda na quarta-feira, policiais civis encontraram ligações clandestinas de energia.

Os agentes, acompanhados de técnicos da Light, chegaram pouco antes das 9h ao local, que permanece interditado. Os peritos deixaram a fábrica por volta das 10h30.

À tarde, os policiais da 21ª DP voltaram ao galpão, desta vez acompanhados da Defesa Civil, para fazer uma vistoria. O procedimento faz parte da investigação.

Uma reportagem do g1 revelou que há dois CNPJs diferentes funcionando no mesmo galpão: a Maximus Ramo Confecções de Vestuário e a Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. As duas empresas estão registradas para a mesma função.

Nos registros da Receita Federal aparecem dois proprietários das empresas localizadas no galpão: o barraqueiro uruguaio Milton Gonzalez, de 77 anos, e o empresário Hélio Araújo de Oliveira, de 41 anos.

A advogada das duas empresas esteve no local. Ao ser questionada, ela disse que não conhecia Milton, mas informou que Hélio irá prestar depoimento quando for intimado.

Ligações clandestinas de energia
Todas as máquinas usadas por aderecistas estavam usando luz furtada. Agora investigadores e peritos querem saber se o “gato” causou o incêndio, que destruiu grande parte do galpão e dizimou todas as alas de três escolas da Série Ouro.

Júlio César da Silva, engenheiro civil, perito em engenharia e professor da UERJ, esteve no local do incêndio na manhã desta quinta-feira (13).

“Pelo que foi anunciado, me parece um problema elétrico, de sobrecarga, má conservação das instalações elétricas, uso exagerado por conta do carnaval. Me parece mais um problema de qualidade dessas ligações de energia”, disse ele, acrescentando que o material usado nas fantasias e tecidos é bastante inflamável.