A Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Gonçalo vai realizar orientações sobre a hanseníase nas salas de espera das unidades de saúde durante todo o mês de janeiro. A ação faz parte da Campanha Janeiro Roxo – que aborda a conscientização sobre a prevenção e tratamento adequado da doença. Os polos sanitários e o PAM Neves realizarão palestras para a população.
O tema da campanha Janeiro Roxo deste ano é “Hanseníase: conhecer e cuidar de janeiro a janeiro”, que reforça a necessidade de sensibilização e educação contínua. A primeira sala de espera será realizada no Polo Sanitário Hélio Cruz, em Alcântara, no dia 13 de janeiro, às 10h, pela equipe técnica da unidade.
“O Programa Municipal de Hanseníase busca aproveitar a Campanha Janeiro Roxo para ampliar a divulgação sobre a doença. Durante o mês, serão realizadas ações voltadas para o rastreio por meio da suspeição diagnóstica, prevenção de incapacidades e busca ativa de casos novos e faltosos. Essas atividades incluem campanhas educativas em saúde para informar e sensibilizar a população”, descreveu a coordenadora do programa, Savana das Graças.
São Gonçalo conta com três polos sanitários que realizam o tratamento da doença, sempre de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h: Hélio Cruz, em Alcântara; Washington Luiz, no Zé Garoto; e Augusto Sena, em Rio do Ouro. Este ano, o Paulo Marques Rangel, no Porto do Rosa, também vai ganhar uma sala que está sendo construída para o tratamento.
“O tratamento é realizado nos polos, mas os gonçalenses podem procurar qualquer unidade de saúde da família (USF) para diagnosticar a doença. Todas estão aptas para receber, captar e orientar os pacientes. A inclusão de mais uma sala para o tratamento e a ampliação da captação para todas as USFs é mais uma iniciativa do governo municipal para melhorar o atendimento e o acolhimento”, descreveu a secretária de Saúde, Dra. Bianca Serour.
Além das ações para os pacientes, os funcionários da rede municipal de saúde poderão participar do 1º Seminário de Hanseníase, que terá a participação da equipe do Ambulatório Souza Araújo/Fiocruz com o Dr. Leonardo Lora e a fisioterapeuta Francine Brandão. O seminário será na Universidade Salgado de Oliveira (Universo) no dia 22 de janeiro.
Data – O Dia Nacional de Combate e Prevenção de Hanseníase foi instituído pela Lei federal nº 12.135/2009 e é lembrado todo último domingo do mês de janeiro. O objetivo é chamar a atenção para a prevenção e o tratamento adequado da doença. Essas estratégias são essenciais para promover o conhecimento, combater o estigma e a discriminação, além de incentivar a busca ativa de casos, contribuindo para a erradicação da doença.
Programação
22/01, das 9h às 12h – 1º Seminário de Hanseníase na Universidade Salgado de Oliveira com participação da equipe do ambulatório Souza Araújo/Fiocruz para funcionários da rede de saúde
28/01, às 9h – Pam Neves. Palestra com o tema “Aspectos Clínicos da Hanseníase”
29/01, às 10h – Polo Sanitário Washington Luiz. Palestra com o tema “Acolhimento Humanizado”
30/01, às 10h – Polo Sanitário Paulo Marques Rangel. Palestras com os temas “Tratamento de Feridas de Situações Crônicas em Hanseníase” e “Autocuidado em Hanseníase: face, mãos e pés”
31/01, às 9h – Polo Sanitário Augusto Sena. Palestra com o tema “Sinais e Sintomas da Hanseníase”
A Doença
A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato.
A doença também pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés.
As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e pode ocorrer o espessamento dos nervos, levando à perda da sensibilidade.
Ela é transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Se não tratada, ela pode causar deformidades e incapacidades físicas.
A hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas. O tratamento leva de seis meses a um ano e o paciente recebe, mensalmente, a medicação.
São Gonçalo faz campanha de conscientização contra hanseníase
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