Alexandre Soares
Olá futuro(a) Aprovado(a), ao longo da minha trajetória de concurseiro ouvir centenas de vezes, quiçá por milhares de vezes, esse questionamento. Conversei com centenas de aprovados(a) sobre esse assunto e fruto da minha experiência de várias aprovações em concursos públicos (já tomei posse para o cargo de Sargento do Exército, Analista do Governo RJ e Especialista em Previdência Social do Governo RJ) irei trazer nesse texto a resposta que você está procurando, seja você que ainda não começou a estudar para concurso, mas tem a pretensão de começar, seja você que já começou a estudar.
Já aconteceu com você o fato de estudar e em um futuro bem próximo você não lembrar mais de quase nada? Pois bem, entenda primeiro que esquecer do que você já leu é normal, esquecer algo que você já viu não necessariamente é ruim, porque em alguns casos é um mecanismo de defesa do seu cérebro. Já pensou se a gente lembrasse a todo instante de tudo que vimos e/ou lemos? Entraríamos em colapso mental, porque em algum momento da nossa vida passamos por algum trauma, lemos alguma coisa ruim e se esse "lixo informativo" ficar 24h martelando na nossa imaginação, seria insuportável viver. Entraríamos em um estado de loucura. É ou não é?
Agora que você retirou da sua cabeça esse mito que para passar em concurso você precisaria lembrar de tudo que estudou a todo instante, vamos avançar na compreensão do tema. Como o(a) concurseiro(a) precisa arquivar algumas informações para ser aprovado(a), o(a) mesmo(a) precisa dominar técnicas que ajudará ele(a) nesse processo. A partir de agora, irei trazer para você técnicas para te ajudar no processo de aprendizado.
Entenda agora que o nosso cérebro não arquiva de cara 100% das informações que a gente "joga para dentro dele", ele arquiva parte da informação, gradativamente. Sabendo disso, eu convido você a fazer revisões ativas, automatizada e espaçadas (dê um pulinho lá no meu instagram @profportuguesalesoares , assim que você terminar de ler esse artigo, e faça uma maratona nas minhas publicações para melhor compreensão) para que você estabilize as informações na sua memória de longo prazo, pelo menos até o dia da sua prova.
Antes de mergulharmos nesse assunto, quero te avisar que, durante os seus estudos, quando você pensar em revisar, você irá sentir a necessidade de andar na matéria, perseguir coisas novas, aí vai ser uma luta entre você e sua vontade de partir para novidade. Se você perder essa batalha diária, você prejudicará o seu processo de aprendizado, porque a falta de revisão periódica faz a gente voltar à "estaca zero" do aprendizado. Conhece alguém que esqueceu mais de 80% de um idioma, mesmo em algum momento da vida ele ter sido fluente, por que ficou muito tempo sem praticar? Então, ele esqueceu, porque ele não continuou repetindo aquilo que aprendeu (revisando, praticando).
Entendido isso, agora irei fazer uma breve explicação para você entender por alto o que significa essa tal de revisão ativa. Revisar ativamente alguma coisa que você já leu é fazer primeiro uma revisão passiva para depois você forçar o seu cérebro a "jogar para fora, retirar dos seus neurônios", um bloco de informações, construindo um contexto na sua imaginação, associando as palavras a algum fato bem conhecido por você, por exemplo, e passar para o papel, com as suas palavras.
Quando a informação parte de "fora para dentro", você está fazendo uma revisão passiva, quando parte de "dentro para fora", está acontecendo uma revisão ativa. Um exemplo de revisão passiva: quando você lê a lei seca somente as partes que você marcou com um marca texto. Outro exemplo é quando você apenas lê o seu resumo que você criou outrora, sem criar situações no seu imaginário com aquelas informações para que sejam feitas conexões neurais e, consequentemente, as informações se consolidem nos seus neurônios, na memória de longo prazo.
No que tange a revisão ativa, um exemplo clássico é o flashcard. Essa ferramenta é utilizada como um método ativo de revisão por meio de perguntas, uma vez que você tem uma pergunta de um lado do papel, do outro lado do papel, a resposta. Quando você está fazendo uso desse método, você está forçando o seu cérebro a lhe dar a resposta correta, mesmo que com as suas palavras. Isso é um ótimo exercício para você testar a sua memória, fazendo uma revisão ativa daquilo que você já estudou. A equação de produtividade seria mais ou menos: a cada três revisões passivas equivalem a uma ativa.
Ou seja, a gente evoluiu muito mais fazendo revisões periódicas ativa do que as passivas. O tempo para fazer a ativa é maior, isso é fato, mas se pudermos equilibrar esses dois modos de revisão, de acordo com o momento que estejamos no processo de aprendizado, tendo como parâmetro o dia da prova, é o melhor dos mundos.
Por isso que para evitar o esquecimento, nós precisamos repetir várias vezes o que já lemos (a tal da revisão), com intuito de estabilizar o conhecimento no nosso cérebro, pelo menos até o dia da prova. Se pararmos de revisar, uma hora iremos esquecer do que aprendemos. Depois de ter lido esse artigo, você está agora mais do que convencido que precisa fazer revisões periódicas?
Fonte de pesquisa usada para elaborar esse artigo: Chaves, José Mário. Você não sabe estudar! Guia completo para concurseiros, vestibulandos e estudantes em geral. José Mário Chaves - Belo Horizonte, MG: Evolutio, 2022.
Motivos pelos quais você esquece o que estuda
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