Diante das aulas remotas, que são a única alternativa para a educação existir, nos vemos diante de uma situação, a qual precisamos avaliar de fato, o que foi aprendido nesse período.
A pergunta que urge não é por que avaliar, mas como avaliar nessa circunstância adversa. Qual dispositivo tecnológico cumpre efetivamente o papel captar a aprendizagem do aluno? Como ter resposta fidedigna?
Diante dos desafios que temos atravessado ao longo desses meses, esse é mais um e se faz necessário. A educação é direito público e subjetivo, inalienável do sujeito, ou seja, não pode ser excluído e a avaliação faz parte do processo.
Avaliar não é julgar o outro, mas observar o que foi construído e o que precisa ser revisto. A atividade de avaliar consiste num monitoramento contínuo que nos indica se estamos no caminho certo da prática pedagógica ou precisamos flexibilizar o nosso planejamento.
Tempos de pandemia são tempos de reconstrução da vida em sociedade, da atividade escolar e da profissão de professor. Já passamos outras vezes por essas mudanças, mas em escala menor, quando trocamos o mimeógrafo para a máquina de xerox, o quadro de giz para a lousa branca, o retroprojetor para o projetor, o livro didático acrescido de cd´s entre outros. A diferença é que nesse momento, a mudança é estrutural e incide diretamente no campo da didática já consolidada pelos educadores.
O campo de pesquisa do professor hoje são as novas tecnologias e como as crianças do 1º ano estão na alfabetização digital. Cabe a cada docente despir-se da rudeza de detentor do saber e com humildade se reconhecer nessa posição de aprendiz. Lembramos Freire com a máxima, "não é o discurso que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso". Avante!