Saberes necessários para a educação dos novos tempos

As disciplinas do currículo escolar já não contemplam toda a necessidade do nosso alunado, fato é, que estes buscam na rede as informações inerentes as suas inculcações.

O "professor" Google, que é um ser impessoal, tem muito prestígio com a garotada e assume papel relevante quando o assunto é pesquisa.

Enquanto docentes, nos percebemos cada vez mais como aprendentes do mundo em que vivemos. A formação que tivemos foi para uma escola que não existe mais e a educação de hoje se desenha híbrida, caminhando para o virtual.

Cada vez mais percebemos que há muito o que se oferecer para além dos conteúdos trabalhados, mas nos perguntamos com frequência quais são os saberes necessários para a educação na contemporaneidade?

Diversos conteúdos nunca fizeram sentido para os alunos, como a tabela periódica, entre outros, porque não vivenciamos esses assuntos na prática.

A história formalizada por datas e nomes não me mostraram a circularidade humana.

E hoje perguntamos: de fato, o que a escola deve ensinar? Como produzir sentido nos alunos?

Quais são as habilidades necessárias para alcançar níveis desejados de aprendizagem?

Cabe aqui refletir se o currículo escolar dá conta de formar o "cidadão planetário"(termo cunhado por Edgar Morin) apto a resolver os problemas de magnitude mundial.

Todas as verdades que a escola construiu até aqui, precisam ser ressignificadas, pra dar conta da nova demanda deste século pós-pandemia. Convido você, leitor, para uma reflexão!

A temática da sustentabilidade é de cunho mundial. As próximas gerações terão que lidar de frente com o problema da escassez de recursos, pois durante milhares de anos a humanidade usou o planeta de forma desmedida sem se preocupar com as consequências futuras.

O quadro atual é bastante grave, pois diariamente animais morrem vítimas do descarte inadequado de materiais plásticos. O ar que respiramos contêm nível de enxofre a mais que possamos suportar, entre outros poluentes que reduzem nossa perspectiva de vida. Multas têm sido impostas às indústrias poluentes, mas a situação é mais grave que se possa suportar.

Precisamos tomar medidas urgentes em favor da vida e isso requer trabalhar a causa e não somente atuar nas consequências.

A escola e as demais instituições sociais precisam se unir num plano conjunto e através da educação, ensinar o amor ao meio ambiente, como causa de sobrevivência da espécie humana.

As mídias sociais precisam utilizar seus potenciais de comunicação para estimular a mudança de comportamento. O discurso da preservação global é cada vez mais urgente.

Enquanto docentes, na perspectiva da contemporaneidade, temos um papel fundamental de formarmos cidadãos atentos a essas questões e que no seu potencial criativo possam desenvolver novas formas de viver e conviver harmonicamente no planeta. Essa é a agenda para os próximos anos. Adiante!

Separamos algumas opções de longa metragens para sensibilizar e até inspirar sobre e questão da sustentabilidade através da sétima arte.

Minimalism (2016) - O filme fala das coisas que compramos e não precisamos, o consumo desmedido. É um convite a reflexão das razões que nos levam a tomar atitudes consumistas.

Amazônia Eterna (2012) - O documentário apresenta projetos bem sucedidos no uso da floresta de maneira sustentável, suas relações com a população local e parcerias econômicas para toda a região.

Saneamento Básico (2007) - História de um grupo de moradores que querem tratamento de esgoto na vila em que vivem, e descobrem como realizar esse benefício.