Logística e mobilidade urbana são questões fundamentais para a atração e a retenção de empresas no estado do Rio. Está cada vez mais claro que, para acelerar o desenvolvimento econômico de um determinado território, é necessário que exista infraestrutura adequada - acesso, água, energia elétrica, gás natural, banda larga etc. - para áreas de concentração industrial.
Recentemente, o governador Wilson Witzel anunciou, durante uma solenidade pública em São Gonçalo, a possível retomada de dois projetos importantes de mobilidade urbana para o Leste Fluminense. Um deles é a implantação de uma nova linha hidroviária de passageiros na Baía de Guanabara, fazendo a ligação Praça XV – São Gonçalo. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) de 2015, inclusive, já apontava a viabilidade operacional do trecho em questão. A proposta faz parte do Mapa do Desenvolvimento para o período 2016-2025, documento construído pelos industriais fluminenses com sugestões para acelerar o desenvolvimento econômico e social do estado e do país.
Outro ponto que chamou a atenção dos moradores de São Gonçalo no evento foi a tão aguardada linha 3 do metrô, cujo projeto original remonta à década de 60 do século passado. De lá para cá, diversos governantes prometeram a obra, que, infelizmente, nunca saiu do papel. Foram tantas alterações de traçados que ainda não há certeza sequer de quais estações seriam realmente construídas, caso a promessa seja cumprida.
Com o funcionamento do metrô e/ou ampliação das barcas no Leste Fluminense, os congestionamentos na Avenida do Contorno (BR-101) e na Ponte Rio-Niterói seriam significativamente reduzidos. É oportuno destacar que os engarrafamentos não afetam apenas a mobilidade urbana, retirando qualidade do sistema de transportes. O tempo perdido no trânsito também traz grandes prejuízos econômicos para a indústria e para qualidade de vida dos trabalhadores.
A solução para os congestionamentos passa obrigatoriamente pela ampliação do sistema de transporte público de massa e pela construção de um planejamento integrado para a Região Metropolitana. Esta é a forma mais eficaz e eficiente para melhorar, de forma permanente, a mobilidade urbana.