Por Lucas Schuenck
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, afirmou, nesta quarta (12), por meio de nota, que está à disposição para prestar esclarecimentos no que diz respeito a nova denúncia, por parte do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), contra sua administração.
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O MPRJ ajuizou, na terça-feira (11), uma Ação Civil Pública (ACP) contra Neves, o ex-secretário municipal de Obras, Domício Mascarenhas, dois empresários, dois consórcios e nove empresas de transporte por atos de improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público, o grupo teria recebido vantagens financeiras indevidas pagas pelos consórcios de empresas de ônibus da cidade.
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Também na nota, Neves relembra que a ACP é similar em seu embasamento com a denúncia prestada no âmbito penal, que fez com que o chefe do Poder Executivo municipal ficasse preso preventivamente durante três meses (de dezembro a março). Neves ressalta o entendimento do 3º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que, em 12 de março do último ano, decidiu por sua soltura, recondução ao cargo e refutou a tese, por parte do MPRJ, de uma suposta formação de quadrilha no caso.
"O prefeito Rodrigo Neves esclarece que não recebeu qualquer notificação sobre a Ação Civil, que nunca foi ouvido, e que está a disposição para prestar esclarecimentos sobre quaisquer assuntos. Esclarece que o colegiado de magistrados do TJ já rejeitou a acusação infundada do promotor do MPRJ de formação de quadrilha e organização criminosa sobre o assunto. Também esclarece que o contrato de transporte público de Niterói foi feito por administração anterior", diz trecho da nota, que é complementada afirmando que não há qualquer novidade na nova denúncia, que já tramita na Justiça.
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"A Ação Civil não traz nenhuma novidade em relação à absurda, injusta e infundada ação criminal de 2018, que ensejou uma violência contra o prefeito e a soberania popular, logo rejeitadas pelo colegiado dos desembargadores. A defesa do prefeito estranha e questiona o MPRJ porque o prefeito nunca foi sequer ouvido nesses anos de ação, refuta veementemente as ilações repetidas e sem qualquer dado novo do MPRJ, e confia na imparcialidade e isenção da Justiça", finaliza a nota de Neves.