A Bundesliga é um campeonato onde vários brasileiros já se destacaram, entre eles Zé Roberto. Com passagens marcantes por Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo, o ex-jogador é hoje um dos integrantes do time de lendas da liga alemã e o segundo brasileiro com mais jogos no campeonato, atrás apenas de Naldo. E com toda a experiência, elegeu o meia Gerson, atualmente no Olympique de Marseille, como uma potencial estrela para o torneio.
“Quem se encaixaria muito bem é o Gerson, ele tem uma canhota diferente, é um jogador moderno, gosto muito do futebol dele, se encaixaria bem no Bayern de Munique. Acho que ele cairia como luva no time, com um lateral esquerdo que apoia muito e o Gerson ia ficar muito bom o lado esquerdo do Bayern”, falou o ex-jogador que no Brasil vestiu as camisas de Portuguesa, Grêmio, Santos e Palmeiras.
Para o ex-meia, que também atuou na lateral e sempre foi um jogador polivalente, essa característica foi essencial para sua adaptação e sucesso a longo prazo.
“Eu cheguei na Alemanha já sendo versátil. Fiz peneira na Portuguesa e tinham menos laterais do que meia ou atacante. Então acabei entrando na lateral, não queria passar o dia esperando uma vaga no time para mostrar meu futebol, sem comer, no sol. E fui bem. Naquela peneira eu vi que tinha condição de jogar na lateral, fui aprovado e segui podendo jogar em mais de uma posição. E isso me ajudou muito na Alemanha de conseguir achar espaço nos times e ser importante na equipe. Um exemplo aqui é o Lahm que jogava de volante e nas duas laterais”, explicou.
Com a tradição de jogadores brasileiros se destacando em solo alemão que começou com jogadores como Tita, jogando no Bayer Leverkusen, e Dunga, pelo Stuttgart, Zé Roberto acredita que a boa imagem deixada anteriormente abriu as portas para sua carreira.
“Virou uma tradição os brasileiros na Alemanha, Tita, Jorginho, Paulo Sergio, Dunga… eles iniciaram a ponte entre Brasil e Alemanha, se destacaram aqui e também na Seleção. Eles abriram as portas e quando cheguei vi a responsabilidade de não somente jogar bem em campo, mas prezar pela disciplina, pela conduta, que o alemão prioriza muito. E eu foquei nisso para ter sucesso a longo prazo. A porta que eu recebi aberta eu deixei também para as próximas gerações. Nunca imaginei jogar em 3 clubes aqui, hoje sou o segundo brasileiro com mais jogos na Bundesliga e hoje sou do time de Legends da Bundesliga, tenho passaporte alemão. É um honra”, contou.