A Seleção Brasileira realizou, na terça-feira, a sua última partida em 2024. A despedida foi com um empate de 1 a 1 com o Uruguai, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela 12ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Uma palavra que pode definir este ano é reconstrução. Após uma temporada ruim em 2023, a CBF demitiu Fernando Diniz e contratou Dorival Júnior, recém-campeão da Copa do Brasil com o São Paulo, para assumir o cargo de técnico.
Os primeiros desafios do experiente comandante foram grandes: amistosos contra Inglaterra e Espanha, ambos fora de casa, em março. E a estreia foi com o pé direito. Vitória de 1 a 0, em pleno Wembley, com gol de Endrick.
Contra os espanhóis, empate de 3 a 3, no Santiago Bernabéu, com a estrela do jovem atacante do Real Madrid brilhando mais uma vez. Parecia, de fato, que a reconstrução estava por vir.
Em junho, a Seleção ainda enfrentou México (vitória de 3 a 2) e Estados Unidos (empate de 1 a 1) antes de começar a Copa América, primeiro grande desafio de Dorival Júnior. O torneio, no entanto, não foi como o esperado.
O Brasil sofreu para passar da fase de grupos. A estreia foi com um frustrante empate de 0 a 0 com a Costa Rica. A única exibição de gala foi contra o Paraguai, na segunda rodada. Com show de Vinícius Jr., a equipe goleou por 4 a 1. Na última rodada, igualdade de 1 a 1 com a Colômbia.
Assim, a Amarelinha passou na segunda colocação da chave e, com isso, teve pela frente o Uruguai nas quartas de final. O jogo foi bem duro e foi decidido nos pênaltis, com a Celeste levando a melhor. Uma queda precoce e que já colocou o futuro de Dorival em cheque.
A CBF bancou a permanência do treinador, que agora teria a missão de alavancar a Seleção nas Eliminatórias. O time estava apenas na sexta colocação, com sete pontos.
A estreia de Dorival no torneio foi contra o Equador. Jogando no Couto Pereira, a equipe ficou longe de encantar, mas venceu por 1 a 0. Na rodada seguinte, derrota de 1 a 0 para o Paraguai, fora de casa.
Já a data Fifa de outubro foi um pouco mais positiva. Dois triunfos seguidos. 2 a 1 sobre o Chile, em Santiago, e 4 a 0 sobre Peru, em Brasília.
Para encerrar o ano, a Seleção visitou a Venezuela e recebeu o Uruguai. Foram dois empates de 1 a 1. Em Maturín, os brasileiros até fizeram um jogo positivo, porém cederam a igualdade após vacilos defensivos e viram Vini Jr. perder um pênalti
Já em Salvador, o time mostrou certa falta de criatividade e penou para achar espaços na defesa rival. Assim, o Brasil terminou a temporada vaiada na Arena Fonte Nova.
Ao todo, foram 14 partidas, com seis vitórias, sete empates e uma derrota, além de 22 gols marcados e 12 sofridos.
"O trabalho está sendo realizado. Ninguém sai de um processo de mudanças, praticamente conhecendo uma casa do zero, para um percentual satisfatório sem que exista trabalho e repetição. O que eu vejo é que as coisas estão caminhando, evoluindo, mesmo que as pessoas às vezes não queiram enxergar, mas está acontecendo. A evolução vem sendo feita, jogadores entendendo o que a gente quer, tentando transformar em atitudes em campo. Os resultados, infelizmente, encobrem um pouco daquilo que vem acontecendo, mas eu tenho uma confiança muito grande que nós estamos em um caminho promissor e que resultados ainda serão melhores”, analisou Dorival.
Para 2025, os torcedores esperam que essa reconstrução comece a dar mais resultados e que o time confirme uma vaga na Copa do Mundo de 2026. Restam seis jogos das Eliminatórias e todos devem ser disputados até o final do ano que vem.
Em reconstrução, seleção encerra 2024 sob vaias e com resultados amargos
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