Analgésico + álcool = perigo

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Tomar analgésicos juntamente com consumo regular de bebida alcóolica pode ser prejudicial à saúde

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O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), organização não governamental que vem se destacando como uma das principais fontes no país sobre o tema, divulgou uma pesquisa alertando para uma questão importante que pode colocar em risco a saúde e a vida de toda a  população: os perigos causados pela mistura entre bebidas alcoólicas com medicamentos analgésicos.

É comum, no Brasil, o uso de analgésicos, remédios para controlar e amenizar as dores. Eles são campeões de vendas nas farmácias de todo o país e, por vezes, podem causar quadros de dependência por suas substâncias. Muitos deles são derivados de opioides e só podem ser comprados com prescrição médica, outros são compostos por dipirona, cafeína e orfenafrina e estão isentos de receitas. Por isso, muitas pessoas acabam não se atentando que a mistura desse tipo de medicação com bebidas alcoólicas pode ser prejudicial.

Diante desse cenário, o Cisa alerta sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas por pessoas que utilizam estes medicamentos. Em linhas gerais, o álcool pode interagir negativamente com muitas medicações, prescritas ou até naturais. Entretanto, como cada medicação tem um perfil particular de efeitos colaterais e metabolização, é preciso analisar como cada analgésico especificamente interage com as bebidas alcoólicas.

O órgão lembra ainda que é importante também estar atento ao fato de que o efeito do álcool nas mulheres pode ser pior do que os causados nos homens e trazer ainda mais riscos, já que a composição corporal feminina tem menos água do que a dos homens, o que faz com que a concentração de álcool no sangue das mulheres alcance níveis muito mais elevados.

Outro grupo de risco são as pessoas idosas, que também devem tomar o mesmo cuidado, pois ficam sob particular risco para os prejuízos destas interações, ainda mais se fizerem uso de outros medicamentos. Assim, estão mais vulneráveis para potenciais efeitos de sonolência ou danos hepáticos de tais interações.

Segundo o estudo, o intervalo de tempo entre a ingestão do medicamento e a de álcool capaz de induzir a interação é variável, entre poucas horas a dias. 

Portanto, a recomendação para  uma pessoa que precisa usar um medicamento que sabidamente interage com álcool é para não consumir bebida alcoólica. 

Para saber mais sobre os riscos em relação ao medicamento em uso, é importante procurar um médico especialista que possa avaliar cada caso.


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